NÓDOA NEGRA
"No nosso imaginário, a Dor pertence ao campo físico. Neste pensamento, associamos sempre o nosso corpo a um estado de dor físico e facilmente nos esquecemos de que existem vários níveis de dor, entre eles a dor emocional e psicológica, que ocupam o mesmo peso que a dor sentida fisicamente. Assim, partindo da vontade de trabalhar a plasticidade e diferentes entendimentos da Dor enquanto temática, as onze artistas e uma escritora, que partilham a paixão pelo desenho, a banda desenhada e a ilustração, reflectem sobre a Dor através do seu olhar, desenho e escrita."
Nódoa Negra é o "primeiro livro de BD portuguesa organizado por autoras».
Vencedora do concurso "Toma lá 500 paus e faz uma bd" 2017, a antologia conta com a participação de:
BÁRBARA LOPES, CECÍLIA SILVEIRA, DILEYDI FLOREZ, HETAMOÉ, INEZ CARIA, INÊS CÓIAS, MARTA MONTEIRO, MOSI, PATRÍCIA GUIMARÃES, SARA FIGUEIREDO COSTA, SILVIA RODRIGUES e SUSA MONTEIRO.
Edição Chili Com Carne, coord. Dileydi Florez.
12 autoras / 11 histórias / 1 texto / 136 páginas
PT/EN | 2018
"In our imaginary, pain belongs to the physical realm. As such, we always associate our body with a state of physical pain and we easily forget that there are several types of pain, among which emotional and psychological pain, that are as relevant as physical pain. So, wishing to tackle with the plasticity and different understandings of Pain as a theme, the twelve authors in this volume (eleven working with text and image, one with words) reflect on Pain through their gaze, drawing and writing."
Ed. Chili Com Carne, coord. Dileydi Florez.
12 authors / 11 stories / 1 text / 136 pages
PT/EN | 2018
"um livro-barómetro no feminino sobre a dor "
Amanda Ribeiro em P3 / Público
"São testemunhos no feminino, são força, são ruído, são rasgos de agitação num panorama - ainda - pouco dado a movimentos bruscos. A primeira antologia totalmente construída por autoras em Portugal é muito mais do que uma afirmação, é a casa de uma intimidade que fende tabus e nos mostra que a existência inevitavelmente dói."
por Tiago Neto em Vogue Portugal
"(...) Em Nódoa Negra, temos uma história sobre as dores de cãibra durante a menstruação (Dileydi Florez), o aproveitamento político, religioso e social das dores de parto e sua mitigação (Bárbara Lopes), uma possível tematização da auto-mutilação (Sílvia Rodrigues), um questionamento do papel da franca expressão da violência e da sexualidade carnal lésbica (Cecília Silveira), escavações em diverso grau do abjecto possível do corpo (Hetamoé e Marta Monteiro), frutos dos processos de subjectificação social (Mosi) e o domínio psicológico desferido pelas estruturas familiares (Inês Cóias e Patrícia Guimarães, que brilhantemente desconstrói a própria estrutura da banda desenhada em nome da representação da falta de solidez mental e anímica). Muitos destes temas poderiam perfeitamente ser explorados “no masculino”, mas há um espaço de solidariedade feminino que não poderia ser colonizado por uma hipotética “universalidade” da experiência. Um convite à leitura empática, à aliança de compreensão, sim, mas não uma total osmose dessas mesmas experiências."
por Pedro Moura em Mundo Crítico
Amanda Ribeiro em P3 / Público
"São testemunhos no feminino, são força, são ruído, são rasgos de agitação num panorama - ainda - pouco dado a movimentos bruscos. A primeira antologia totalmente construída por autoras em Portugal é muito mais do que uma afirmação, é a casa de uma intimidade que fende tabus e nos mostra que a existência inevitavelmente dói."
por Tiago Neto em Vogue Portugal
"(...) Em Nódoa Negra, temos uma história sobre as dores de cãibra durante a menstruação (Dileydi Florez), o aproveitamento político, religioso e social das dores de parto e sua mitigação (Bárbara Lopes), uma possível tematização da auto-mutilação (Sílvia Rodrigues), um questionamento do papel da franca expressão da violência e da sexualidade carnal lésbica (Cecília Silveira), escavações em diverso grau do abjecto possível do corpo (Hetamoé e Marta Monteiro), frutos dos processos de subjectificação social (Mosi) e o domínio psicológico desferido pelas estruturas familiares (Inês Cóias e Patrícia Guimarães, que brilhantemente desconstrói a própria estrutura da banda desenhada em nome da representação da falta de solidez mental e anímica). Muitos destes temas poderiam perfeitamente ser explorados “no masculino”, mas há um espaço de solidariedade feminino que não poderia ser colonizado por uma hipotética “universalidade” da experiência. Um convite à leitura empática, à aliança de compreensão, sim, mas não uma total osmose dessas mesmas experiências."
por Pedro Moura em Mundo Crítico